quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Os labirintos de Foucault

Torci. Pra falar verdade ainda torço. Exatamente como fazia quando criança. Figa para que aquilo que desejava muito desse certo. Dedinhos cruzados.
É assim que aguardo a aparição de Paula. Pasma, perplexa. Mas fazendo figa.
A se confirmarem as declarações da polícia - que vazaram para a imprensa suiça - Paula teria admitido que forjou uma história de agressão e ainda mentiu sobre a gravidez de gêmeos.

Zuenir Ventura escreveu, em sua coluna do Globo, que essa é a história mais desconcertante já presenciada por ele em 50 anos de jornalismo.
A palavra é essa: desconcertante. Mais forte ainda, ACACHAPANTE.

Insisto. Ainda acredito que o ser humano seja " fabricado" com uma grossa camada de bondade e honestidade sob a pele que esconde o vaivém frenético do sangue no corpo.
Lamento, e muito, que as notícias sobre a crueldade humana suplantem em quantidade e requintes as informações que recebemos sobre solidariedade, cumplicidade e compaixão .

Que labirintos ou meandros sombrios convocam a mente humana a construir histórias como essa, que mobilizou um país inteiro ?
Todos torcemos. Todos xingamos os agressores e a polícia suiça.

E agora? Vamos torcer para que Paula não tenha inventado tudo apenas pelo dinheiro de um suposto seguro? Torcer por um distúrbio emocional que amenizaria a sordidez de mais um plano mirabolante?
Que falta fazem as análises de Foucault....

4 comentários:

  1. que belo post Tania...eu também torço para que tudo não seja um delirio de Paula...torço mesmo... agora vai um reparo: assim como me corrigiste pronta e corretamente no meu tropeço gramatical com o "Dirimir" corrijo agora a intrépida amiga... É Foucault e não Foucauld ... kisses carnavalescos

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  2. É isso mesmo, Ric. Nem percebi o d. Mas o dirimir foi in private. Este foi on the record. E acho que é isso mesmo.Se não nos corrigirmos quem haverá de .....?
    Não rasgue demais as suas fantasias.
    beijitos!

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  3. Sei lá, Tania...nem sei o que falar deste caso, na verdade. Se o Zuenir Ventura diz que essa é a história mais desconcertante que ele já viu em 50 anos de jornalismo, por aí já dá tem-se uma idéia...

    Vamos aguardar para a "palavra final", o que vai acontecer.

    abs

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  4. OK...
    Mas quédi o tal do "noivo-namorado-paidascrianças-colega de apartmento"?
    Por que ele não está respondendo (aparentemente) a mesma investigação?
    Como ele conseguiu se dar ao desfrute de "sumir"?
    "HUMANIDADES", mesmo as mais esquisitas, a gente acaba incluindo, com o tempo, no nosso plural imaginário; mas se há uma legislação tão severa, como é que ele conseguiu ficar tão em "off" assim?...
    BJS!

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