Na juventude fomos muito próximos. Viagem para Ubatuba, porres no Bartolo da Vila Madalena e noitadas depois do trabalho na Rádio Globo. Éramos um time, palavra que virou clichê no pós-pós-liberalismo. Vivemos poucas e boas. Ultrapassamos alguns limites. Sofremos .
Claudinho sempre escreveu bem. Adorava ser repórter.
Depois nos distanciamos. Cidades diferentes, interesses distintos, carinho sempre presente. E nos reencontramos em Cunha. O afeto era o mesmo, apenas mais maduro.
Na pousada Vale das Cachoeiras Claudinho viveu os últimos 13 anos de sua vida. Ricardo Soares era hóspede frequente. Divulgamos a hospitalidade e a beleza de Cunha entre vários amigos comuns. A lotação era plena neste Carnaval.
Claudinho morreu na véspera da folia. E com ele um jeito especial de encarar o jornalismo. Uma batalha pela apuração e pela intimidade com a notícia que faz falta neste início de século 21.
Em nossas trocas de e-mail ele me chamava de "minha flor de laranjeira".
Pois foi-se embora uma das pessoas mais floridas que conheci.
" A morte é uma curva da estrada. morrer é não sermos vistos" ( Fernando Pessoa)
ResponderExcluirMeus sentimentos.
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