quarta-feira, 15 de abril de 2009

A MORTE NÃO PEDE CARONA

No final de semana morreu a ex-mulher de um amigo.
Ela foi baleada no rosto, assassinada durante uma tentativa de assalto no bairro carioca de Bonsucesso. Assustada, pisou na embreagem em vez de frear o carro. O tranco assustou o bandido. O revólver disparou. E lá se foi uma jovem mulher, mãe de três filhas.

Nunca fomos próximas. Mas acompanhei com atenção a batalha dela pela sobrevivência e pela educação das filhas. E dei uma força quando ela quis aprender a dirigir.
Ela estava ao volante quando foi morta.
Será, será, será.................?

Foi também no final de semana que a tia de uma outra amiga caiu no golpe do sequestro via celular. Ficou horas negociando com os falsos sequestradores. Acabou levando jóias e dinheiro para o local determinado por eles. Perdeu tudo. E só depois entendeu que tudo não passou de uma pegadinha....

Faz tempo que a vida parou de ter valor no Rio de Janeiro e em outras tantas cidades do Brasil.
A morte ronda as esquinas com petulância.
O que ainda falta acontecer para que todos, juntos, declaremos estado de calamidade pública na capital mais bonita do país?
É normal voltar pra casa e pensar: "ufa, mais um dia sobrevivido na Faixa de Gaza Tupiniquim" ?

Para onde estamos indo?