terça-feira, 1 de dezembro de 2015

CAMINHO DE VOLTA

Caminhos de ida ou de volta sempre me emocionam, sejam eles em linha reta, cheios de curvas ou recheados de labirintos. São caminhos. E quando iniciamos um processo de escolha sobre os atalhos que vamos seguir, algo muda radicalmente na maneira como passamos a enxergar e a vivenciar  as experiências que acompanham a decisão ou a falta dela. 

Processos de decisão filmados me atraem porque são uma presente para a plateia que, no escurinho do cinema, pode identificar em si mesmo uma empatia qualquer com o que se passa na telona. E isso é muito bom. 

Os dois personagens de CAMINHO DE VOLTA provocam essa empatia. Duas pessoas com personalidades e vivências muito diferentes, mas que são identificadas pelo espectador como "alguém como eu". Estamos diante de dois homens comuns, no melhor sentido da palavra, que abrem, diante das câmeras, suas dúvidas, frustrações e esperanças. 

O documentário de José Joffily e Pedro Rossi é uma empreitada familiar. Os dois diretores contaram, em entrevistas realizadas durante o lançamento do Festival "É Tudo Verdade" (abril deste ano), que muitos personagens foram pesquisados durante o período de pré - produção. Só que dois dos escolhidos estiveram o tempo todo diante deles: a sogra e o cunhado de Joffily. E não é que essa intimidade deu certo?

Esse é um filme que me atraiu pelo conteúdo. É claro que a direção de fotografia estabeleceu um critério de ação, mas há outros ingredientes de improvisação - como câmeras na mão de quem nunca gravou nada antes - que só fazem enriquecer a narrativa. 


Algumas cenas são tocantes e poderiam fazer parte de um romance ou de um estudo antropológico sobre o relacionamento entre seres humanos. O mais gostoso, porém, é que são pessoas prestes a tomar - ou não - a decisão mais importante de suas vidas naquele período de tempo em que o documentário é realizado. 

Nós somos as testemunhas e torcemos por elas.         

sábado, 28 de novembro de 2015

CHICO - UM ARTISTA BRASILEIRO

Parem as máquinas, suspendam as contra-indicações e encarem a real: assistir ao filme de Miguel Faria Jr é, antes de tudo, entregar-se à fruição do prazer. E nada atrapalha essa curtição. Dá pra tietar sim, sem culpa ou cobranças por algo mais polêmico ou inquiridor. 

Nãnaninãnã! O objetivo do diretor não era encostar Chico na parede e faze-lo confessar as causas profundas e inconscientes do final de seu casamento ou de seu afastamento da política partidária. A intenção do diretor, creio, foi deixar o amigo à vontade para discutir temas variados que recheiam uma história de vida intensa e constantemente questionada pelo próprio entrevistado. 


É a montagem de Diana Vasconcellos que transforma o espectador em cúmplice. Estão ali os Chicos que conhecemos, mas também um homem que indaga sobre sua produção no passado e tenta prever, com humor, o que poderá ser o seu futuro como compositor e escritor. 

Além do belo enquadramento do rosto de Chico, by Lauro Escorel, o que arrebata de primeira é o espetáculo musical que afaga todos os sentidos. Nada é óbvio. A escolha das músicas, nem sempre famosas, surpreende e emociona. É como se saíssemos da sala de cinema direto para a casa de shows. E a cada número um aplauso entusiasmado. 

As mulheres de Chico estão nas vozes de Martnália, Mônica Salmaso, Laura Garin, Adriana Calcanhoto e no tom cristalino de Clara, a neta de Chico. Mas, pausa para a emoção: o que é Carminho, a sensacional cantora portuguesa, interpretando "Sabiá"? Êxtase puro. 

E o que dizer das apresentações de Ney Matogrosso e Milton Nascimento - em dueto sublime com Carminho - e do próprio Chico? Melhor o silêncio, leitor. Assim, a experiência será ainda mais impactante e duradoura. 

Durante os 110 minutos de projeção compartilhamos as memórias, a imaginação, os questionamentos e as ponderações de Chico. Você pode até não concordar com algumas revisões do passado, mas vai gostar de ver, na telona, esse homem de 71 anos que revê sua caminhada com leveza, crítica e compaixão pelo menino que já foi. 

As presenças de Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, Maria Bethânia e Bibi Ferreira - todos respirando juventude e exalando talento - enriquecem o filme e tornam ainda mais saboroso testemundar a trajetória única de Chico. 

São quase duas horas para viver e relembrar, junto com Chico Buarque de Holanda, o Brasil dos últimos 50 anos. Compre seu ingresso e se acomode na poltrona. É bom demais.

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

AWAKE - A VIDA DE YOGANANDA

Alguns filmes têm a virtude de, terminados, provocar no espectador a vontade de saber mais. Aconteceu comigo depois de ver AWAKE - A VIDA DE YOGANANDA. 

Conhecia muito pouco sobre a vida desse iogue e guru que nasceu em 1893, na India, e morreu em 1952, em Los Angeles. E então,depois de assitir ao filme, cheguei em casa e descobri uma frase, do próprio Yogananda, que traduz a sensação que me acompanhou durante toda a projeção:


"A melhor coisa que você pode fazer 
para cultivar a verdadeira sabedoria 
é praticar a consciência 
de que o mundo é um sonho". 

Esse homem que saiu da India para levar sua mensagem à estranha terra do tio Sam, nos anos 20 do século passado, está ali, na tela, em raros fotogramas que o tornam real para o espectador, e na narração marcante do ator Anupam Kher, estrela de Bollywood, que dá voz a Yogananda,sempre na primeira pessoa. 

Sentado no escurinho, você é testemunha de uma viagem espiritual narrada pelo próprio guru, com depoimentos tocantes de muitos de seus discípulos, entre eles o ex-Beatle George Harrison, o músico Ravi Shankar e o pensador e escritor Deepak Chopra. 

Dirigido por  Paola de Fiori e Lisa Leeman, veteranas premiadas no Sundance Festival e indicadas ao Oscar por trabalhos anteriores, AWAKE é uma homenagem, mas também uma proposta de resgate dos ensinamentos do guru Yogananda que, entre outros, escreveu o livro " Autobiografia de um Yogue" (1946), clássico que inspirou milhares de seguidores em todo o mundo. 


Yogananda trouxe para o Ocidente os ensinamentos da meditação e da prática da Kriya Yoga. E nessa passagem de 15 anos pela América conheceu o preconceito racial, a intriga de antigos companheiros e a exaustão diante da tarefa que lhe foi incumbida pelo próprio mestre.

Com parcialidade e reverência, Paola e Lisa mostram o choque e o impacto da espiritualidade hindu na alma americana. E plantam, no espectador receptivo, a vontade de expandir fronteiras em busca de mais humanidade e paz para a alma. 

Boa pedida em tempos de radicalização e intolerância extremas.    

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

HIPÓCRATES


O filme é francês, o diretor é médico e o tema é sim muito familiar aos brasileiros que dependem do Sistema Unico de Sáude. Um filme quase todo rodado dentro de um hospital com personagens que provocam empatia ou antipatia, mas prendem a atenção do espectador.   

Com episódios da série House sempre na tela dos monitores de TV, Thomas Lilti construiu um filme que faz crítica social, é engraçado mas também pode fazer chorar. 

E sim, na França, aparelhos simples como um eletro, por exemplo,  também carecem de manutenção. Lá, o chefe controla e até manda retirar a morfina que alivia as dores horríveis de uma velhinha que só quer morrer em paz.

O administrador do hospital é um burocrata facilmente reconhecível e os protegidos, mesmo quando pisam feio na bola, também ficam impunes. Sobra, é claro, para o médico argelino, aquele que trabalha com dedicação e afinco, mas não consegue vencer as barreiras impostas desde sempre. Ganha menos, sofre um preconceito aparentamente "light" dos colegas e na prova dos nove vira bode espiatório.

Alguns personagens são especialmente cômicos, outros até poderiam ter recebido um melhor tratamento dos roteiristas. Mas no conjunto, HIPÓCRATES diz a que veio. Entretém, cria vínculos com a plateia e faz pensar no labirinto de dificuldades que é a saúde pública aqui, em terras tupiniquins ou lá, na pátria do velho Obelix.       

sexta-feira, 20 de novembro de 2015

CHATÔ, O REI DO BRASIL

O filme começa com festa para os olhos e ouvidos. Uma fotografia exuberante para um personagem que parece ter saído de alguma farsa quase prima-irmã de Macunaíma. 
Achei que Zé Celso Martinez fosse dar o ar de sua graça em pleno set, atraído pelas extravagâncias dionisíacas de Assis Chateaubriand, o empresário que sonhava ser o rei do Brasil.

Não li o livro de Fernando Morais, mas li muito sobre a saga de Guilherme Fontes à frente de seu projeto que, em vários momentos, pareceu inexequível. Isso quer dizer que assisti ao filme sem aquela sensação incômoda de, mesmo sem querer, comparar o resultado cinematográfico com o material autoral que o inspirou.

Se me permitem, preparem-se para uma viagem no tempo. Atores famosos - ontem e hoje - muito mais jovens e, entre eles, alguns que já nos deixaram nesses vinte anos que separam filmagens e exibição. Juventude que também era a nossa em 1995. Um tempo que acompanhou a história recente do Brasil mas deixou outro, mais antigo, adormecido nas latas de filme e na posterior edição digital. Um sono agitado que agora desperta no escurinho do cinema, em 2015.

Marco Ricca veste o seu Assis com cinismo e deboche. A sensação, desde os primeiros minutos, é de que estamos diante de uma comédia rasgada. Sentimento interrompido, vez ou outra, pelas surpresas e viradas embutidas no roteiro. Uma história contada sem compromisso com a linearidade. Uma trama que envolve pelo pitoresco, pelo "over" e pelo inusitado.

O Getúlio Vargas de Paulo Betti transforma o homem que se suicidou num ditador falastrão, frágil e quase atraído pelo sexo feminino. Um personagem sem a depressão daquele vivido por Tony Ramos em outro filme recente. O que me fez imaginar, de imediato, como teria sido um Getúlio Vargas da vida real que combinasse características tão opostas.

CHATÔ, O REI DO BRASIL impressiona como resultado da construção de seu personagem título: um homem grosseiro, amoral, inescrupuloso, violento, narcisista daqueles de quebrar o espelho, machista como ainda o são muitos coronéis nordestinos e priápico por opção, com a ajuda de remedinhos fitoterápicos da época.

Tudo é exagerado. E a solução encontrada para compor e decompor o Chatô de Guilherme Fontes é interessante. A partir do último dia de vida de Assis Chateaubriand vemos um desfile onírico que projeta, na telona, as diferentes fases da existência de um dos maiores empresários de comunicação que o Brasil já conheceu.

Andrea Beltrão incorpora a sensacional e atualíssima Vivi, personagem que nos acompanha desde sempre em terras tupiniquins. Com ela e a partir dela testemunhamos a naturalidade com a qual se corrompe ou se é corrompido. 
A ética está enterrada em algum cofre dos Diários Associados e a política vigente não demonstra vocação alguma para a honestidade. 

CHATÔ é um filme abusado. O Assis Chateaubriand desbocado faz pouco dos princípios que nós, tolinhos, acreditamos como possíveis. Só a linda voz de Letícia Sabatella, ao microfone, projeta alguma candura sobre uma trama que pode ser curtida se deixarmos de lado a vontade de resolver o quebra-cabeça montado, com inteligência, por um roteiro que passou pelas mãos de Carlos Gerbase, Matthew Robbins e tratamento final escrito pelo então ainda pouco conhecido João Emanuel Carneiro, autor do sucesso  "Avenida Brasil" e da atual novela das nove, na Globo, "Regra do Jogo".   


Valeu a pena esperar? Valeu. Mas a vontade que deu - jornalista tem dessas coisas e acho que Fernando Morais não vai se chatear - depois dos créditos finais foi ler o livro como uma espécie de complemento do filme. Entender direitinho vários aspectos, em ordem cronológica, da vida desse homem que dizia sem ficar vermelho: " empregado não tem opinião. Quer dar a sua? Compre o seu jornal". 

E aí, vai para o trono ou não vai? Chacrinha também estava lá.
  



sábado, 14 de novembro de 2015

DEEPHAN: REFÚGIO E DESESPERO NA PERIFERIA DE PARIS

Demorei para escrever sobre DEEPHAN: O REFÚGIO, vencedor da Palma de Ouro deste ano, em Cannes. Saí do filme com a sensação de que temas demais estavam ali, expostos ao espectador. Foi difícil concluir: gostei do filme? Gostei muito? Mais ou menos ou mais pra menos que pra mais?
Gostei. Ponto.

Então cheguei em casa e fui pesquisar. Queria entender a história recente do Sri Lanka, já que é com uma cena devastadora que tem início o filme do diretor Jacques Audiard.

Demorei  para escrever e ontem, 13 de novembro, depois do ataque terrorista que matou mais de uma centena de pessoas em Paris, achei que estava na hora. O filme é ficção, mas quando a violência da ficção encontra a violência da realidade é hora de pensar ainda mais sobre a barbárie que se descortina todos os dias diante de nossos olhos, neste século 21. 

De 1983 a 2009 uma guerra civil matou mais de 150 mil pessoas no Sri Lanka ( 70 mil, segundo números oficiais), resultado de um conflito sangrento entre as etnias tâmil e cinigalesa. Já nos anos 80, o grupo extremista tâmil TLLE foi classificado como terrorista por vários países, Brasil inclusive. Na época, já era considerado um dos mais perigosos do mundo por conta dos métodos utlizados: homens-bomba, execuções com requintes de crueldade e outros detalhes conhecidos por quem vive e testemunha as atrocidades cometidas pela intolerância neste século 21.  

Bom, você não vai ver nada disso na saga do trio que finge ser uma família para fugir do Sri Lanka e conseguir refúgio político na França. Mas conhecer alguns detalhes sobre a vida do protagonista, Deephan, interpretado por Jesuthasan Antonythasan, pode deixar o filme mais saboroso e, por que não, mais interessante. 

Jesusthasan, o ator, foi um guerrilheiro tâmil na adolescência. Depois de romper com o grupo extremist esteve em alguns países até entrar na França com um passaporte falso, em 1993, e conseguir asilo político. Lá, começou a escrever no idioma tâmil  sobre suas experiências como guerrilheiro, sob o pseudônimo de Shoba. Hoje é um escritor relativamente conhecido. Seus livros já foram traduzidos para o inglês, ele ainda fala mal o francês e tem medo de retornar ao Sri Lanka em virtude dos ataques que ainda persistem contra a minoria tâmil. 

Foi então nessas circunstâncias que Jesusthasan, de 48 anos, 22 vivendo na França, recebeu o convite de Audiard, que já o conhecia, para viver o angustiado e inescrutável Deephan. 

Muito já foi escrito sobre o vencedor da palma de ouro. Mas deixo aqui a impressão que me acompanha até agora, quase duas semanas depois de ter assistido ao filme: além de ter que encarar uma viagem perigosa de barco com uma família falsa, a dificuldade de entender um novo idioma e as diferenças culturais que se manifestam no simples ato de comer com as mãos, a história dá um tapa na cara do espectador quando mostra que abandonar a cena de carnificina numa selva distante não significa encontrar uma vida mais pacífica nas habitações populares de um subúrbio de Paris. Longe disso.

Jacques Audiard garante que a violência e a tensão que dominam o condomínio onde Deephan se emprega como zelador não passa de ficção. OK. Mas alguma inspiração nas  revoltas da "banlieue" parisiense deve ter sido injetada nas veias do diretor. E quem mora no Rio de Janeiro já viu aquelas cenas em algum lugar.....não muito distante de onde vive.

O diretor vencedor diz que a essência de seu filme é sobre um homem que não sabe falar de amor. Sim, pode ser. Principalmente quando o roteiro dá uma guinada e temos a impressão de que Charles Bronson vai sair da tela atirando para todos os lados. Ou quando Deephan, bêbado, canta seu coração despedaçado. Não fosse a trilha sonora, sensacional, as cenas seriam dispensáveis para o bom andamento da trama.  

Preste atenção na atuação das duas atrizes que compõem a família "pra inglês ver": Kalieaswari Srinivasan e a menina Claudine Vinasithamby. Com interpretações minimalistas, elas ampliam a tensão e o espírito desolado de Deephan.

O final surpreende. Os personagens parecem sair do inferno para encontrar a felicidade logo ali, depois da fronteira. Será um abuso da ficção? Ou uma crítica contundente ao país de François Hollande e Marine Le Pen?    
Sei lá, mil coisas. 
     



quinta-feira, 12 de novembro de 2015

NA ONDA DA CORRETAGEM IMOBILIÁRIA


RUTH & ALEX poderia ser um filme sobre casamentos duradouros e relações harmoniosas.
Também poderia explorar o envelhecimento de um típico casal novaiorquino de classe média. Ou ainda mostrar os obstáculos vividos por Ruth e Alex , ela branca, ele negro, ao longo dos últimos 40 anos. Mas não, nada disso. O diretor inglês Richard Loncraine estranhamente optou por uma história tipicamente americana, em que manias e preconceito enchem a tela e até mesmo o saco do espectador.

Loncraine prioriza a necessidade dos personagens de Diane Keaton e Morgan Freeman. Eles precisam vender e mudar de um belíssimo apartamento no Brooklyn. O motivo? Os lances de escada do prédio sem elevador deixam Alex e Dorothy, a simpática cachorrinha do casal, completamente extenuados.    


A partir dessa constatação, a plateia ou entra na onda imobiliária de Ruth e Alex ou começa a ficar com raiva dos corretores, uma categoria profissional retratada como um bando de histéricos sem ética e limites para conseguir, digamos, cumprir a meta do que lhes cabe vender. 

A talentosa Cynthia Nixon, a eterna Miranda de Sex and the City, coitada, passa o filme gritando um texto preconceituoso e revelador de como a sociedade em geral encara a velhice. Dá vontade de desenhar, pra que ela tente entender, que o casal em questão ainda não precisa de babás, babadores ou andadores.    

Sobre os conflitos provocados pelo racismo na época em que Alex e Ruth se casaram, a personagem de Diane Keaton faz apenas uma referência. Algo como "quando nos casamos nossa união ainda não era considerada legal". E ponto. Parágrafo. Segue o baile de amenidades. 

E então, entre " open houses", flashbacks e pequenos dramas familiares acompanhamos a saga de Ruth e Alex, dois idosos em busca de um apartamento com elevador em Nova York. 
Quer mais? Eu queria. Imaginei que o premiado diretor da série Band of Brothers e dos filmes Ricardo III e Winbledon fosse ao menos explorar, com humor britânico, a superficialidade e a mediocridade de vários aspectos da cultura do Tio Sam, especialmente o consumismo desenfreado. Mas não. A corretagem toma conta da telona e corre solta.

Você pode perguntar, depois desta crítica, se vale a pena ir até o cinema conferir RUTH & ALEX. Bom, eu fui, né mesmo? Gosto dos atores Morgan Freeman e Diane Keaton e também do cineasta Richard Loncraine, que tem uma carreira interessante. Mas nem sempre tudo é perfeito.