sexta-feira, 27 de novembro de 2015

AWAKE - A VIDA DE YOGANANDA

Alguns filmes têm a virtude de, terminados, provocar no espectador a vontade de saber mais. Aconteceu comigo depois de ver AWAKE - A VIDA DE YOGANANDA. 

Conhecia muito pouco sobre a vida desse iogue e guru que nasceu em 1893, na India, e morreu em 1952, em Los Angeles. E então,depois de assitir ao filme, cheguei em casa e descobri uma frase, do próprio Yogananda, que traduz a sensação que me acompanhou durante toda a projeção:


"A melhor coisa que você pode fazer 
para cultivar a verdadeira sabedoria 
é praticar a consciência 
de que o mundo é um sonho". 

Esse homem que saiu da India para levar sua mensagem à estranha terra do tio Sam, nos anos 20 do século passado, está ali, na tela, em raros fotogramas que o tornam real para o espectador, e na narração marcante do ator Anupam Kher, estrela de Bollywood, que dá voz a Yogananda,sempre na primeira pessoa. 

Sentado no escurinho, você é testemunha de uma viagem espiritual narrada pelo próprio guru, com depoimentos tocantes de muitos de seus discípulos, entre eles o ex-Beatle George Harrison, o músico Ravi Shankar e o pensador e escritor Deepak Chopra. 

Dirigido por  Paola de Fiori e Lisa Leeman, veteranas premiadas no Sundance Festival e indicadas ao Oscar por trabalhos anteriores, AWAKE é uma homenagem, mas também uma proposta de resgate dos ensinamentos do guru Yogananda que, entre outros, escreveu o livro " Autobiografia de um Yogue" (1946), clássico que inspirou milhares de seguidores em todo o mundo. 


Yogananda trouxe para o Ocidente os ensinamentos da meditação e da prática da Kriya Yoga. E nessa passagem de 15 anos pela América conheceu o preconceito racial, a intriga de antigos companheiros e a exaustão diante da tarefa que lhe foi incumbida pelo próprio mestre.

Com parcialidade e reverência, Paola e Lisa mostram o choque e o impacto da espiritualidade hindu na alma americana. E plantam, no espectador receptivo, a vontade de expandir fronteiras em busca de mais humanidade e paz para a alma. 

Boa pedida em tempos de radicalização e intolerância extremas.    

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