segunda-feira, 23 de novembro de 2015

HIPÓCRATES


O filme é francês, o diretor é médico e o tema é sim muito familiar aos brasileiros que dependem do Sistema Unico de Sáude. Um filme quase todo rodado dentro de um hospital com personagens que provocam empatia ou antipatia, mas prendem a atenção do espectador.   

Com episódios da série House sempre na tela dos monitores de TV, Thomas Lilti construiu um filme que faz crítica social, é engraçado mas também pode fazer chorar. 

E sim, na França, aparelhos simples como um eletro, por exemplo,  também carecem de manutenção. Lá, o chefe controla e até manda retirar a morfina que alivia as dores horríveis de uma velhinha que só quer morrer em paz.

O administrador do hospital é um burocrata facilmente reconhecível e os protegidos, mesmo quando pisam feio na bola, também ficam impunes. Sobra, é claro, para o médico argelino, aquele que trabalha com dedicação e afinco, mas não consegue vencer as barreiras impostas desde sempre. Ganha menos, sofre um preconceito aparentamente "light" dos colegas e na prova dos nove vira bode espiatório.

Alguns personagens são especialmente cômicos, outros até poderiam ter recebido um melhor tratamento dos roteiristas. Mas no conjunto, HIPÓCRATES diz a que veio. Entretém, cria vínculos com a plateia e faz pensar no labirinto de dificuldades que é a saúde pública aqui, em terras tupiniquins ou lá, na pátria do velho Obelix.       

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