terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Médicos Sem Fronteiras e as maiores crises humanitárias de 2008

A organização humanitária que mais admiro e respeito é MÉDICOS SEM FRONTEIRAS (MSF). A presença e a atuação do MSF são fundamentais para vários países do mundo, principalmente os que atravessam crises decorrentes de guerras, doenças e desnutrição.

No Brasil desde 1991, o MSF, hoje, tem uma base importantíssima no Complexo do Alemão, aqui no Rio de Janeiro. São esses profissionais da saúde que, em plena guerra do tráfico, ainda conseguem atender e transportar os doentes e as vítimas desse conflito sangrento que mancha a dignidade de todo cidadão carioca.

Em dezembro, o MSF produziu e divulgou mais uma lista com as 10 Maiores Crises Humanitárias de 2008. Relacionada com as tarefas médicas de emergência da organização, a lista procura gerar mais conhecimento sobre a magnitude das crises que podem ou não aparecer nos jornais. E que muitas vezes não aparecem.

Somália, Mianmar, Sudão, República Democrática do Congo, Região Somali da Etiópia, Zimbábue, Iraque e Paquistão, Desnutrição Infantil e Co-infeção HIV/TB (tuberculose) foram as mais graves crises humanitárias do ano passado.

De acordo com a organização, os governos estão ignorando a crise da desnutrição infantil. Veja o que diz o relato do MSF:
" Este ano o governo do Níger forçou o cancelamento do programa de nutrição infantil de MSF na sofrida região de Maradi, onde dezenas de milhares de crianças sofrem de desnutrição aguda. Como resultado, elas não receberam o tratamento adequado e efetivo. Este caso acontece em uma época em que os esforços para progredir na luta contra a desnutrição no mundo são mais possíveis – e necessários – do que nunca. A realidade no campo é que MSF e a comunidade humanitária são incapazes de fazer nem sequer o suficiente para as populações que precisam de ajuda médica vital", afirma o Presidente do Conselho Internacional de MSF, Dr. Christophe Fournier. "Com a divulgação desta lista, esperamos chamar a atenção para essas pessoas que tanto precisam, depois de ficarem cercadas entre conflitos e guerras, afetadas pelas crises de saúde, e que têm suas necessidades de saúde essenciais e imediatas negligenciadas, essas pessoas que não têm voz".

Você também pode contribuir com o MSF . A entidade sobrevive graças a doações de gente como nós, que acredita na solidariedade e no respeito aos direitos de todos os seres humanos, principalmente os mais vulneráveis à crueldade e à injustiça do sistema de distribuição de renda que vigora em boa parte deste planeta.
Vá ao site http://www.msf.org.br/ e conheça mais sobre sobre MÉDICOS SEM FRONTEIRAS. Vale a pena.
(A foto deste post mostra uma mãe e uma criança somalis. O fotógrafo é Petterik Wiggers)

2 comentários:

  1. Oi, Tânia! Li seu recadinho lá no blog do Ricardo.

    Tem um cantinho pra comentar, sim...no final da postagem, ao lado das horas. Tem 8 comentários lá ( isso é extraordinário para quem tem 3 ou 4 leitores!).

    E obrigado pela referência ao meu humilde e tosco e blog, viu?

    Ah e o trabalho dos Médicos sem fronteiras é excelente justamente por isso: eles atuam em lugares dos quais "ninguém liga" (tirando o Congo com seus diamantes e o Iraque com seu petróleo, o restante dos países citados praticamente não existe para o mundo).

    Agora repare só quantas nações estão em conflito e guerra no mundo inteiro...pra quem pensa que é só na faixa de Gaza...

    abração!

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  2. Groo, vou procurar o lugarzinho e postar um comentário. E obrigada pela visita, viu? Você tem razão: as ilhas de paz estão cada vez menores neste mundinho. Conflito e miséria é o que mais tem. abraços

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